2/08/2007

Nunca Maia!


Nunca mais!

Nem preciso acrescentar que essa gravidez, embora inesperada, foi ardentemente vivenciada por meu pai.

Era uma experiência de tal magnitude que ele se voltou inteiramente para dentro de si mesmo e se deixou impregnar totalmente por ela, absorvendo as minhas sensações corpóreas individuais, se identificado totalmente comigo a tal ponto que instintivamente percebia qualquer nuance de desassossego ou bem estar meus. Finalmente o que se passa com o ser humano quando ainda em formação estava sendo fielmente registrado! A fusão era total.

Entre o feto e o gestante se estabeleceu telepaticamente uma corrente contínua de comunicação física, emocional e psíquica. Abriu-se à mente de meu pai, até então recheada de conceitos abstratos e lógicos, um mundo totalmente novo. As perguntas em aberto durante milhares de anos estavam, uma a uma, sendo respondidas.

As profundezas abissais da consciência humana foram alcançadas.

Nunca mais naquele planeta, se ouviria falar em experiências fetais, em vida vegetativa e inconsciente do feto.

Um dos maiores crimes humanos estaria para sempre abolido.

O aborto passou a ser considerado pela Confederação dos Antigos Povos Remanescentes da Terra como a pior das violações penais: assassinato em primeiro grau!

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